Feudalismo
Dessa maneira, muitos dos senhores feudais começaram a instituir o aumento das obrigações servis cobradas sob a população campesina. A formação desse excedente populacional ainda seria responsável por um processo de marginalização onde muitos eram expulsos dos feudos e, por isso, passavam a se sustentar por meio da mendicância ou da realização de pequenos crimes. De fato, podemos perceber que o mundo medieval passava por uma visível transformação.
No interior da classe nobiliárquica houve uma importante mudança no que se refere ao direito de posse das terras. Para que não tivesse seu poder diluído, os senhores feudais começaram a deixar suas propriedades como herança somente aos filhos mais velhos. Com isso, a instituição do chamado direito de primogenitura obrigava os filhos mais novos dos senhores feudais a buscarem outros meio de vida oferecendo serviços militares em troca de terras ou outras fontes de renda, como a cobrança de pedágio.
Em meio a essas mudanças, podemos perceber que tanto nobres como camponeses se tornaram vítimas de um processo de marginalização que ameaçava a estabilidade da ordem feudal. Para que esse problema fosse resolvido, a Igreja mobilizou essa população para que formassem exércitos religiosos incumbidos da tarefa de expulsar os muçulmanos da Terra Santa. Tal ação foi oficializada no Concílio de Clermont, em 1095, onde o papa Urbano II defendeu o processo de expulsão dos árabes muçulmanos.
Afinal, quais seriam as motivações da Igreja para que se