Feudalismo na Europa
O Feudalismo na Europa compreende o período da Idade Média a partir da descentralização do Império Romano tendo surgido entre os séculos IX e X na Europa Ocidental. Instituições feudais penduraram na Europa até o fim do Antigo Regime, com o qual se identificou na França o feudalismo, uma expressão criada nos séculos XVII XVIII pelos advogados franceses e ingleses e popularizada pelo filosofo Charles-Louis de Secondat, barão de Montesquieu. O feudalismo consiste em um conjunto de práticas envolvendo questões de ordem econômica, social e política. Entre os séculos V e X, a Europa Ocidental sofreu uma série de transformações que possibilitaram o surgimento dessas novas maneiras de se pensar, agir e relacionar. De modo geral, a configuração do mundo feudal está vinculada a duas experiências históricas concomitantes: a crise do Império Romano e as Invasões Bárbaras.
Os feudos eram os núcleos com base nos quais a sociedade feudal se organizou. Por volta do ano 1000, a maioria das pessoas na Europa ocidental vivia em feudos. Nesse período, a terra converteu-se no bem mais importante, por ser a principal fonte de sobrevivência e de poder.
As terras do feudo distribuíam-se da seguinte forma:
• Manso senhorial – Representava cerca de um terço da área total e nela os servos e vilões trabalhavam alguns dias por semana. Toda produção obtida nessa parte da propriedade pertencia ao senhor feudal.
• Manso servil – Área destinada ao usufruto dos servos. Parte do que era produzido ali era entregue como pagamento ao senhor feudal.
• Terras comunais – Era a parte do feudo usada em comum pelos servos e pelos senhores. Destinava-se à pastagem dogado, à extração de madeira e à caça, direito exclusivo dos senhores.
A economia sofreu uma retração das atividades comerciais, as moedas perderam seu espaço de circulação e a produção agrícola ganhara caráter subsistente. Nesse período, a crise do Império Romano tinha favorecido um processo de ruralização das