Festa no acqua clube

A “cultura” em Elenor Kunz

O autor faz critica a educação física tradicional juntamente com alguns autores que começaram a denunciar a abordagem biológica e o ensino tecnicista característicos da área. Na década de 90 a visão tradicional de educação física, servia para reproduzir as contradições e injustiças sociais do país. Em contraposição considera a educação física parte de um sistema maior, socioeducacional, socioeconômico e político. O autor faz uso da teoria antropológica proposta por Tamboer, baseado em Gordjin e Buytemdijk, teoria esta que desenvolve uma concepção dialógica de desenvolvimento humano. Ao contrario das análises biomecânicas, fisiológicas, aquelas que visam ao rendimento físico ou, ainda , as de cunho comportamentista, a concepção dialógica de movimento pressupõe o envolvimento do ser humano como sujeito da ação sempre na sua intencionalidade, constituindo o sentido/significado do seu “se - movimentar”. Somente pela intencionalidade é possível supera o mundo conhecido e penetrar num mundo desconhecido. Na relação ser humano/mundo é constituído de significados que dão sentido às ações humanas. De acordo com Kunz, deve haver equilíbrio entre identidade pessoal e a identidade social. Toda a ênfase recai sobre a primeira forma de identidade, que diz que o aluno deve ser preparado individualmente para atuar de acordo com as exigências sociais. Logo o autor concebe a educação física como práxis social, com estreita ligação no plano sociocultural e político. O autor faz critica ao uso da expressão “Cultura Corporal”, utilizado como visto pela abordagem critico-superadorora, pois toda atividade cultural humana se expressa pelo corpo. Utilizando a concepção fenomenológica para a qual o ser no mundo é sempre presença corporal, o autor afirma que pensar é tão cultural quanto correr. Sendo toda cultura manifestada corporalmente , sua preferência é pela expressão “Cultura do movimento” Educação