Fertilização in vitro
A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução medicamente assistida, que surgiu nos anos 70, como uma forma de solucionar os problemas relacionados com o bloqueio ou danificação das trompas de Falópio, e apresentou uma viragem importante no progresso e entendimento dos problemas relacionados com a fertilidade, tendo sido a primeira técnica de reprodução medicamente assistida a ser desenvolvida e largamente publicitada. O primeiro bebé resultante desta técnica, Louise Brown, nasceu em Inglaterra, em 1978. Em Portugal, Carlos Saleiro foi o primeiro ser humano a nascer a partir desta técnica de reprodução medicamente assistida, e é hoje um jogador profissional de futebol. Graças a esta evolução da medicina, na área da reprodução, muitos casais inférteis ou parcialmente inférteis podem actualmente ter filhos.
Em que consiste o método?
Fig.1 – Esquema sobre a fertilização in vitro.
A fertilização in vitro é um tratamento para a infertilidade que consiste em retirar oócitos II (um a quatro) e espermatozóides (cerca de 100 mil por oócito maduro) dos progenitores masculinos e feminino, sendo estes colocados posteriormente numa placa de Petri, para a fecundação, em meio de cultura apropriado (a cerca de 37ºC e com uma atmosfera humidificada, constituída por 5% de oxigénio, 5-6% de dióxido de carbono e 90% de azoto) reconstituindo as condições das trompas de falópio e do útero.
Cerca de 72 horas depois da primeira divisão do ovo (podendo este período de tempo variar, dependendo de factores como o número e a qualidade dos ovos e da velocidade do seu desenvolvimento), são transferidos 2 ou 3 embriões para a cavidade uterina, por um procedimento simples e indolor, sendo por isso realizado sem anestesia. Utilizando a ajuda de um cateter/sonda de transferência embrionária colocam-se os embriões na cavidade uterina.
Em alguns casos, por exemplo em mulheres de idade avançada e em que o tratamento não funcionou anteriormente, deve-se