FERTILIDADE DO SOLO
1 INTRODUÇÃO
O Brasil por apresentar uma vasta extensão territorial e um clima privilegiado para o desenvolvimento de várias espécies vegetais, os solos normalmente apresentam baixa fertilidade natural com baixa CTC, baixo pH e alta saturação por alumínio. Por essa razão, a exploração agrícola desses solos passa obrigatoriamente pela necessidade de correção da acidez. Com a omissão desta prática pode comprometer seriamente a produtividade e o uso eficiente de adubos.
O uso do calcário é uma alternativa para aumentar a produtividade, reveste-se de importância, principalmente por envolver baixos custos, em relação ao custo da adubação com NPK. O uso de calcário no Brasil revela alguns problemas, dentre os quais se pode destacar a baixa quantidade utilizada nos solos tropicais, quando comparada à sua necessidade. No Brasil, normalmente são utilizados cerca de 20 milhões de toneladas/ano de calcário, para uma capacidade de moagem de 50 milhões de toneladas/ano. A relação média calcário/adubo é baixa (cerca de 1:1) comparada com o que é recomendado cerca de 4:1 para solos tropicais (LOPES, 1997). Além da pequena quantidade de calcário usado, existe outro problema, o manejo inadequado do produto, ou seja, a dose de calcário calculada para incorporação entre 0 e 20 cm de profundidade é incorporada em profundidade menor em razão do uso de grades aradoras intermediárias ou niveladoras. Isso se reflete negativamente nas propriedades físicas dos solos, causando sua degradação e erosão, além de reduzir a disponibilidade de micronutrientes e, conseqüentemente, a produção das culturas (FREITAS, 1992).
É sabido que o calcário, em geral, apresenta baixa solubilidade, razão por que requer adequado contato com as partículas de solo para reagir. Portanto, a incorporação ao solo é fundamental para a reação do calcário e, de modo geral, os agricultores negligenciam sua importância, o que resulta em menor eficiência da calagem na correção da acidez do