Ferrugem asiática da soja
A ferrugem asiática foi relatada pela primeira vez no Japão, em 1903. No Brasil foi relatada pela primeira vez em 1947, em Minas Gerais.
Na safra 2006/2007, segundo dados da Embrapa, houve dano de 4,5% dos grãos em função da doença, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
No total, o chamado custo-ferrugem chega a 2,19 bilhões de dólares nesta safra, sendo que esta pode reduzir a produção em 18 % a 91%.
2. Sintomatologia
Os principais sintomas da ferrugem da soja são observados nas folhas. Normalmente, a doença se inicia pelas folhas localizadas nas partes baixas da planta. Os primeiros sintomas são caracterizados por minúsculos pontos escuros (no máximo 1mm de diâmetro), no tecido sadio da folha, com coloração esverdeada à cinza-esverdeada. Na face inferior das folhas podem ser observadas as urédias que correspondem a estruturas de frutificação do fungo
Figura 1 – Sintomas iniciais (esquerda) e pústulas (direita) com abundante esporulação de Phakopsora
As Urédias aparecem predominantemente na superfície inferior, mas podem, aparecer na superfície superior das folhas (Figura 2).
Figura 2 – Sintomas da ferrugem asiática da soja causada por Phakopsora pachyrhizi na face inferior (esquerda) e superior (direita) da folha.
Progressivamente, as urédias, adquirem cor castanho-clara a castanho-escura, abrem-se em minúsculo poro, por onde é liberado os uredósporos (Figura 3). Os uredósporos, inicialmente de coloração cristalina, tornam-se bege e acumulam-se ao redor dos poros ou são carregados pelo vento (Figura 3).
Figura 3 – Urédias com poros abertos (esquerda) e uredosporos de Phakopsora pachyrhizi (direita).
3. Epidemiologia
O processo infeccioso se inicia quando os uredosporos germinam e crescem através da superfície da folha. A penetração ocorre diretamente através da epiderme ou através dos estômatos. Urédias podem se desenvolver de 5 a 10 dias após