ferro
Ana Flávia Portilho Ferro
Maria Beatriz Machado Bonacelli
Ana Lúcia Delgado Assad
Departamento de Política Científica e Tecnológica – DPCT,
Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas,
C. P. 6152, 13083-970, Campinas, São Paulo, Brasil, e-mail: anaferro@ige.unicamp.br, bia@ige.unicamp.br, aassad@gmail.com
v.13, n.3, p.489-501, set.-dez. 2006
Recebido em 06/7/2006
Aceito em 22/11/2006
Resumo
A biodiversidade tem sido apontada como um elemento de importância estratégica devido, entre outros fatores, ao seu potencial como fornecedora de matéria-prima para diversos setores da economia. Diante deste quadro, mas também do de destruição deste patrimônio, têm se inserido muitas das atuais estratégias de empresas, as quais vêm procurando acompanhar e aproveitar o desenvolvimento de novas oportunidades tecnológicas abertas pelos mercados de produtos obtidos de forma ambientalmente responsável. A incorporação de modelos sustentáveis de uso dos recursos é, portanto, vista como um diferencial capaz de gerar vantagens competitivas. Dessa forma, o presente trabalho apresenta e discute de que forma algumas empresas brasileiras vêm utilizando em suas estratégias competitivas o potencial da biodiversidade como forma de criar e/ou de aproveitar novas oportunidades e explorar novos nichos de mercado, apontando as principais vantagens e limitações encontradas neste tipo de estratégia. Para tanto, traz uma análise dos casos de quatro empresas nacionais atuantes no mercado de produtos obtidos de forma sustentável nos segmentos de fitoterápicos, cosméticos, extratos naturais e de manejo florestal. Parece claro que a incorporação dos preceitos do desenvolvimento sustentável no uso da biodiversidade é uma tendência que vem se fortalecendo, principalmente em setores altamente dependentes de matéria-prima advinda da