fernando pessoa

374 palavras 2 páginas
Ricardo reis é um poeta clássico, da serenidade epicurista, que aceita com calma lucidez, a relatividade e a fugacidade de todas as coisas.
A filosofia de Ricardo Reis é a de um epicurista triste, pois defende o prazer do momento “carpem diem” como caminho para a felicidade. Apesar deste prazer que procura e a felicidade que deseja alcançar, considera que nunca se consegue a verdadeira calma e tranquilidade, ou seja, a ataraxia sente que tem de viver em conformidade com as leis do destino, indiferente à dor e ao desprazer numa verdadeira ilusão da felicidade, conseguida pelo esforço estóico lúcido e disciplinado.
A tentativa de iludir o sofrimento resultante da consciência aguda da precariedade da vida, do fluir continuo do tempo e da fatalidade da morte, através do sorriso, do vinho e das flores.
A intemporalidade das suas preocupações: a angustia do homem perante a brevidade da vida e a inevitabilidade da Morte e a interminável busca de estratégias de limitação do sofrimento que caracteriza a vida humana.
Motivos poéticos de Ricardo Reis
EPICURISMO - Busca da felicidade - Moderação dos prazeres - Fuga à dor (aponia) - Ataraxia (tranquilidade capaz de evitar a perturbação)
ESTOICISMO (conformismo) - Aceitação das leis do destino (apatia) - Indiferença face às paixões e à dor - Abdicação de lutar - Auto disciplina
HORACIANISMO - Carpe diem: vive o momento – Aure mediocritas: a felicidade possível está na natureza PAGANISMO - Crença nos deuses - Crenças na civilização da Grécia - Intelectualização das emoções - Medo da morte Neoclassicismo - Poesia construída com base em ideias elevadas – Odes
Características estilísticas
Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita corresponde a uma expressão perfeita.
Estrofes regulares e versos brancos.
Recusa frequente à assonância, à rima interior e à aliteração.
Predominância da subordinação.
Uso frequente do hipérbato.
Uso frequente do gerúndio e do imperativo.
O uso latinismo: atro, ledo,

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