Fernando Pessoa Ortónimo e Heterónimos
Paulismo: remete para a palavra Paul que significa pântano, estagnação da água. Tem raízes no simbolismo e no decadentismo e caracteriza-se pela confusão do objetivo e do subjetivo, pela expressão do vago e do indefinido, pela subtileza das sensações sugeridas.
Intersecionismo: é o cruzamento de planos que se cortam, da intersecção de imagens de diferentes domínios da realidade.
Futurismo: afastamento do passado e sublimação do moderno.
Sensacionalismo: sensação como base de toda a arte.
A sua poesia divide-se em duas fases:
Tradicional: continuação do lirismo português, relacionada com o sebastianismo e o saudosismo.
Moderna: rutura com o passado, relacionada com a intelectualização das emoções.
Pensar e sentir
Conflito entre pensar e sentir, entre a ‘’felicidade pura e a consciência de si’’. Para Fernando Pessoa arte é ‘’o resultado da colaboração entre pensar e sentir’’. Não quer intelectualizar as emoções, quer permanecer ao nível do sensível para poder dos momentos e a constante intelectualização não o permite.
Fingimento
Para criar arte o poeta tem que racionalizar o sentimento. Assim, fingir é inventar conceitos que exprimem emoções. Baseia-se em experiencias vividas, mas transcreve apenas o que lhe vai na imaginação e não o real, não esta a sentir o que não é real.
Fragmentação do Eu
Procura pela fragmentação do eu, a totalidade que lhe permita conciliar o pensar e o sentir.
Características Temáticas:
Consciência/inconsciência, que leva à melancolia, ao tédio e à angústia existencial;
Solidão interior e antis sentimentalismo (intelectuaçizaçao da emoção);
Ilusão/refúgio no sonho;
Ocultismo;
Fingimento/sinceridade;
Sentir/pensar;
Dor de viver e dor de pensar;
Tentativa de superação através da evocação da infância/ entidade perdida.
Características Estilísticas:
Uso de símbolos;
Imprevisibilidade;
Sintaxe simples e linguagem sóbria;
Verso curto:
Musicalidade;
Adjetivação expressiva;
Pontuação