fernando pessoa analise
Evocação dos reis e dos príncipes que fundaram Portugal.
Quinas, Coroa e Timbre estão na 1ª parte da “Mensagem” porque são símbolos que fazem parte do Brasão português. As quinas encontram-se na parte central do brasão e a coroa e o timbre estão fora.
Simbologia das Quinas:
Nas Quinas, Fernando Pessoa escreve sobre as pessoas que ele considera que tiveram um papel substancial na História de Portugal. As pessoas que Pessoa considera serem importantes são: D. Duarte (rei), D. Fernando (infante), D. Pedro (regente), D. João (infante), D. Sebastião (rei). Essa relevância pode vir pelos atos realizados ou pelo facto de serem mártires. Todos eles destacaram-se pela sua importância, todavia D. Sebastião, rei que perdeu a vida na batalha de Alcácer Quibir, evidenciou-se pela sua coragem e bravura. Por isso, D. Sebastião é a última quina.
Análise do poema:
No poema, Pessoa descreve-o como louco porque quis ser grande (“Louco, sim, louco, porque quis grandeza”). No entanto, toda a grandeza que não depende da sorte que D. Sebastião merecia não lhe coube no corpo, acabando por ficar com o corpo no areal (Alcácer Quibir), mas não a sua essência (essa durará para eternidade, pois será sempre recordado pelos seus atos) – “Ficou meu ser que houve, não o que há.”. Na segunda estrofe, é feito um conselho ao leitor para ter uma dose de loucura (“Minha loucura, outros que me a tomem”). A estrofe acaba com uma interrogação retórica sobre o que seria o homem sem a loucura.
O poema, todo escrito em discurso direto, contribui para dar ritmo à narrativa (corta a monotonia); redundância em “Louco, sim, louco” para reforçar a ideia de loucura que o poeta queria transmitir.
Estrofes: 2 quintilhas
Métrica: irregular
Esquema rimático: cruzada e emparelhada
Simbologia da Coroa:
A coroa tem 3 simbolismos: ao lugar onde se coloca, a sua forma circular e a sua matéria (do que é feita).
Quanto à sua colocação, a coroa revela os valores