Fernando Alonso - Processo de Industrialização

Fernando Alonso - Processo de Industrialização capitulo 1 veremos: Como o desenvolvimento e dominação do capital comercial impulsionaram a produção de valores de troca, o que é condição indispensável para a transformação da própria força de trabalho em mercadoria.

O capital comercial se constitui quando a atividade de produção da circulação de mercadorias torna-se uma função determinada pela divisão social do trabalho, função essa assumida pelos capitalistas comerciais.
A circulação de mercadorias M-D-M estabelece as condições para o surgimento da forma de capital D-M-D', transformando assim o dinheiro e as mercadorias em capital, e os proprietários do dinheiro que buscam sua valorização, em capitalistas comerciais.
Para que surja o capital comercial é necessário que se manifestem as condições para a circulação simples de mercadorias, ou seja, formas ainda não desenvolvidas, derivadas do comercio de troca direta.
No modo de produção capitalista, o capital comercia vai apropriar- se de parcelas de mais-valia correspondente ao seu volume, ou seja, o lucro comercial corresponde a parcela de mais-valia apropriada pelos capitais engajados na promoção da circulação mercantil (os produtos não são vendidos por seus valores, mas por seus preços de produção).
Na economia mercantil simples, o fato de as mercadorias serem trocadas pelos seus valores elimina, a possibilidade do lucro comercial e da circulação capitalista.
Essa economia mercantil simples é incompatível com a própria existência do capital comercial.
Ao lado do capital comercial, desenvolveu-se seu irmão gêmeo, o capital usuário, que para surgir basta que existam as condições para a circulação de mercadorias e do dinheiro, e que este possa assumir suas funções próprias.
Essa capital usuário é uma forma tipicamente pré capitalista, pois supões= que o regime capitalista não domina a esfera produtiva.
Existe diferença entre capital usuário e capital a juros (forma própria do regime capitalista de