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A anorexia nervosa afeta primariamente adolescentes, sendo cerca de 90% do sexo feminino , sendo cerca de 40% dos casos entre adolescentes. Cerca de 1 em cada 300 habitantes de países desenvolvidos já foram diagnosticados com anorexia.
No caso dos jovens adolescentes de ambos os sexos, poderá estar ligada a problemas de auto-imagem, dismorfia, dificuldade em ser aceito pelo grupo, ou em lidar com a sexualidade genital emergente, especialmente se houver um quadro neurótico (particularmente do tipo obsessivo-compulsivo) ou história de abuso sexual ou de bullying.
Tem sido enfatizada, em debates populares, a importância da mídia para o desenvolvimento de desordens como anorexia e bulimia, por alegadamente promover ela uma identificação da beleza com padrões físicos de magreza acentuada. Qualquer papel a ser exercido pela cultura de massa na promoção dessas desordens, no entanto, está ainda para ser demonstrado. Na busca da etiologia de perturbações da saúde mental, inclusive da anorexia nervosa, comumente são procuradas causas de ordem intrapsíquico, ambiental e genético.
No Brasil, cerca de 21-22% das mulheres entre 15 e 25 anos possuem sintomas, e consequentemente risco maior, de desenvolver anorexia. Dentre os principais sintomas identificados estão a recusa em se alimentar, insatisfação com o próprio corpo, atraso na menstruação, uso de diuréticos, laxantes, anorexígenos, eméticos, abuso de cigarro ou álcool, forçar vômito e preocupação obsessiva com a alimentação.