Fermentação Melle Boinot
Os processos de fermentação comuns, normalmente visam à proliferação e multiplicação da levedura, já o processo de fermentação Melle Boinot é totalmente o oposto. Esse processo visa impedir que ocorra essa proliferação da levedura ou, pelo menos, que a proliferação seja insignificante. Isto se consegue recuperando o lêvedo de uma fermentação anterior para utiliza-lo em uma fermentação posterior. É possível realizar tal processo, aplicando-se ao processo de fermentação os estudos de Brown, que demonstram que as leveduras não se multiplicam em mostos açucarados (até determinado ponto).
É a forma de condução de fermentação alcoólica mais usada atualmente no Brasil, tendo sido posto em prática em meados da década de 1930 (LIMA et al., 2001)
Processo de Fermentação Melle Boinot
Segundo Novaes e Oliveira, o processo Melle Boinot é muito vantajoso, pois resulta em maior rendimento de etanol, tanto porque possibilita rápidas fermentações utilizando menor volume nas dornas, o que acarreta em menores custos de instalação. Este processo também diminui riscos de contaminação do produto o que garante um produto com mais pureza.
A única desvantagem é que a centrifugação não elimina 100% dos microrganismos, o que não chega a ser um grande problema.
O processo de Melle Boinot já é antigo, mas é muito eficiente, conveniente e satisfatório para as industrias, e ainda possui mais prós do que contras, o que torna o processo um dos mais utilizados para a fermentação de álcool.
Referências:
VALSECHI, O. O processo melle-boinot de fermentação na sociedade de usinas de açúcar brasileira, de Piracicaba. Piracicaba –SP. 1944. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0071-12761944000100007&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S0071-12761944000100007.
Acessado em: 24/09/2013
SILVA, S; FILHO, L. Acúmulo de Cádmio por Saccharomyces cerevisiae em caldo-de-cana contaminado com acetato de cádmio. Piracicaba – SP. 1999. Disponível em: