fenomenologia
A abordagem existencial em psicoterapia expressa um posicionamento filosófico que serve como fundamento para a explicação e a compreensão dos assuntos clínicos.
A contribuição filosófica de Sartre é a preocupação de analisar a pessoa concreta e única.
Da abordagem existencialista, talvez a menos conhecida na América seja aquela derivada dos trabalhos de Sartre.
Sartre foi o filósofo existencialista que mais se destacou na contribuição para a psicoterapia existencial, não apresenta um sistema fechado e concluído, mas procura usar todos os recursos que seu conhecimento permite para atingir uma compreensão do indivíduo como ser único, como pessoa. Sua proposta central é que somos a nossa própria escolha e a liberdade é a possibilidade central e única para a construção do indivíduo como ser humano.
O pensamento sartreano deve ser entendido em duas fases, a primeira é o estudo do ser e a segunda o homem numa visão integrada da psicologia com a sociologia.
Para o primeiro Sartre o ponto de partida para o pensamento filosófico deveria ser a intencionalidade e a não realidade humana. Já a consciência é definida como um vazio que se desliza para o objeto a que intencionalmente se dirige, na tentativa de se preencher. Essa consciência se apresenta em dois níveis. No primeiro a consciência de primeiro grau, ou cogito pré-reflexivo, é uma consciência que ultrapassa a si mesma para atingir o objeto e se esgota nessa mesma posição. A segunda é a consciência reflexiva, que é o conhecimento da consciência de algo. Há a negação do inconsciente que é substituído pelo conceito de Má-Fé, que seria a atitude daqueles que renunciam a própria liberdade.
Esclarece bem a diferença entre consciência e conhecimento nos dizendo que ser consciente não é o mesmo que ser conhecido, pois o indivíduo pode estar consciente, embora ainda não conheça de fato a sua experiência.
Em sua primeira versão, Sartre propõe uma liberdade radical, incondicionada. Uma