Fenomenologia
Husserl propôs que no estudo das nossas vivências, dos nossos estados de consciência, dos objetos ideais, desse fenômeno que é estar consciente de algo, não devemos nos preocupar se ele corresponde ou não a objetos do mundo externo à nossa mente
A intencionalidade da consciência husserliana se constitui a partir da relação sujeito – objeto. Diz que Husserl, mesmo reconhecendo o eu como a primeira verdade, rejeita o modo como Descartes o concebeu, porque a consciência é sempre de algum objeto e os objetos só têm sentido para uma consciência. A intencionalidade representa esse direcionamento que a consciência tem em relação ao objeto. Para percebermos esta relação, devemos retornar às intuições originárias. Fenômenos possuem uma multiplicidade de aspectos; no entanto, aparecem na consciência como uma unidade idêntica a si mesma. Cada estado vivido em uma duração e, conseqüentemente, apresenta-se como modos temporais, que são a origem da consciência.
Para encontramos o que aí existe de absoluto, devemos realizar uma epoché fenomenológica.
Husserl afirma:
[...] pela epoché fenomenológica, reduzo o meu eu humano natural e a minha vida psicológica – domínio da minha experiência psicológica interna – ao meu eu transcendental e fenomenológico, domínio da experiência interna transcendental e fenomenológica. (HUSSErL, 2001, p. 39).
O resultado da epoché fenomenológica não é somente o eu penso, mas também o seu objeto de pensamento. Por essa razão, Husserl propõe-se voltar às coisas mesmas; retornar às intuições mais originárias, porque é delas que emerge todo o conhecimento.
Como as coisas podem nos aparecer de vários modos no mundo