Fenomenologia
É necessário salientar que, além dessa capacidade de refletir, o homem também possui capacidade de reter o que aprendeu, usar este conhecimento posteriormente e não deixá-lo “parado”, imutável, e sim sempre acrescentar algo de novo que o ajudará no continuo processo de aprendizagem e crescimento.
A pessoa-assistente social deve estar disposta a “trazer à tona” o significado da experiência vivida com a pessoa-cliente, buscando a essência daquilo que ela, a pessoa-assistente social, viveu, para poder esboçar um projeto futuro, não encarando a pessoa-cliente como pronta, acabada e marcada pelo seu passado, e sim a deixando livre para decidir entre as suas possibilidades.
Apesar de estar em contato com o subjetivo da pessoa-cliente, a pessoa-assistente social deve manter seu rigor cientifico, despojando-se de tudo aquilo que lhe foi incutido como certo e pré-estabelecido, deste modo estando pronta para ajudar a pessoa-cliente a desenvolver todas as suas potencialidades, através do diálogo educativo.
Mas o dialogo concebido por Anna Augusta não é apenas isso. Existe algo mais. Para que se entenda de que diálogo estamos falando, precisamos fazer duas importantes distinções: v Compreender x Entender: quando alguém compreende um outro, significa dizer que este alguém simplesmente decodificou signos concretos – letras, palavras, estruturas frasais etc. – para o pensamento, tendo conhecimento apenas do que o outro diz, conforme o que ele diz com as palavras. ‘Entender’ é muito mais que ‘compreender’. É compreender e, além disso, sentir o mesmo que o emissor sentiu no momento em que ele falou ou escreveu. É ter atenção, interesse, envolvimento, identidade com que o outro diz. v Expor x Fazer entender: É a mesma dualidade compreender x entender, só que no sentido inverso. ‘Expor’ é simplesmente o processo de se fazer compreendido. Enquanto que ‘fazer entender’ é quando, ao falar ou escrever, doa-se sentimento,