Fenomenologia e existencialismo
Husserl, o fundador da fenomenologia, criou uma doutrina que não se juntou às várias outras vigentes na época, mas sim, que transpôs os limites da filosofia como disciplina. Ele renovou o pensamento para se buscar compreender algo na sua mais pura realidade. Husserl toca no cerne da filosofia, reconstituindo e renovando-a, para a reconstrução da maneira da filosofia exercer sua tarefa, que é interrogar. Então pode-se dizer a partir daí, que a fenomenologia funda a filosofia contemporânea.
A fenomenologia faz a tentativa de resolver o problema da constituição do conhecimento, através de uma nova relação entre sujeito e objeto, diferentemente das outras vertentes vigentes, que viam a relação sujeito/objeto de forma a dar prioridade ao objeto ou à mente (realismo e idealismo respectivamente), como ponto de partida ou meio para o conhecimento.
2. Como a modernidade pensa a relação entre o sujeito e o objeto na formação do conhecimento? Descreva-as (três formas):
A vertente realista vê no objetos em si mesmos, nas coisas em si mesmas, o ponto de partida do conhecimento. A representação que fazemos das coisas está subordinada aos objetos em si mesmos, apreendidas pelo sentidos e depois registradas pelo intelecto.
O idealismo parte da ideia de que o sujeito, a mente, as ideias são o ponto de partida para a reconstituição de acordo entre as coisas e a mente, entre o objeto e o sujeito, uma correspondência que se estabelece a partir de uma análise das ideias que fazem chegar a uma conformidade entre as ideias e as coisas.
A filosofia de Kant procura solucionar este impasse, propondo um “meio termo”, redistribuindo as funções do conhecimento, procurando ver qual é a contribuição de cada um para o processo de conhecimento. Um trabalho conjunto entre a apreensão sensível das coisas mesmas e o intelecto, que fornece formalidade à apreensão,