FENOMENOLOGIA RELIGIOSA
1. A fenomenologia é um tratado científico sobre a descrição e classificação dos fenômenos que se propõe a ser uma ciência do subjetivo dos fenômenos e dos objetos como objetos. O termo deriva das palavras gregas “phainesthai” (aquilo que se mostra) e “logos” (estudo), sendo assim “o estudo que se mostra”. Na filosofia de Edmund Husserl é o método de apreensão da essência absoluta das coisas. Tem como objetivo de estudo o próprio fenômeno, ou seja, as coisas em si mesmas e não o que é dito sobre elas, assim, a investigação fenomenológica busca a consciência do sujeito através da expressão das suas experiências internas. Busca, também, a interpretação do mundo através da consciência do sujeito formulada com base em suas experiências.
2. Segundo o texto, a fenomenologia religiosa é um estudo de característica religiosa nas suas manifestações e expressões, que tem o objetivo de apreender o seu significado. Possui elemento tanto religioso quanto fenomenológico, o que lhe confere um status científico. Com a finalidade de compreender melhor o fato religioso, a fenomenologia busca auxílio em outras ciências (história, sociologia, psicologia, filosofia, etc.) e, também, na arte, etnologia, paleontologia, dentre outros. Mesmo com esse auxílio, ela não se pode caracterizá-la como dependente, pois a fenomenologia religiosa se distingue de todas essas ciências. Logo, é independente, mas, ao mesmo tempo, necessita dos subsídios de outras ciências e atividades humanas, pois, nenhuma ciência se faz sozinha.
3. Esses dois elementos se encontram na definição que B. Mondin atribui à religião. O aspecto subjetivo é o de sentimento de total dependência do homem diante do Sagrado; o objetivo constitui das estruturas e ações, ou seja, do conjunto de dogmas e mitos, cultos e ritos, oferendas e preces, por meio dos quais o homem entra em contato com o Sagrado e que exprimem atitude de dependência.
4. O autor do texto, Jorge