Fenomenologia Existencial
Descartes, no século XVI, acreditava que a matemática poderia ser usada a fim de descrever as formas e movimentos dos corpos, e assim postulou que o raciocínio matemático era modelo tanto para as ciências como para a filosofia (Berto, 2007).
O cogito cartesiano foi base do pensamento ocidental por muito tempo. Descartes chegou ao cogito por intuição, evidência. Chegou ao cogito pela dúvida metódica, ou seja, o próprio ato de duvidar já é um pensar, um ato pensante. Dessa forma, pode-se colocar tudo em dúvida, menos duvidar de que se está duvidando.
Descartes recorreu a Deus para explicar o cogito e usou a existência de Deus para explicar a sua própria existência. Começa a despertar a ilusão. Ele cria um sistema racionalista para ser usado pelo mundo moderno. Há apenas uma certeza: o cogito, ser pensante. Porém, o cogito não leva a certeza da existência do mundo. Assim, Descartes chega a certeza da existência do mundo através de Deus. A estrutura do cogito vai determinar como conhecemos o mundo, mundo este que também é criado por Deus, e o qual tem leis que devem ser seguidas. Este mundo é decodificado por mim, pela capacidade do cogito. O homem é um ser finito que conjuga o infinito por meio da matemática, que nos aproxima de Deus por alguma forma (Deus nos colocou as condições de pensar a matemática). Por meio da matemática vamos decodificar o mundo.
O Cogito é fazedor de verdade. É critério para o conhecimento humano. Assim, a ciência tem origem no homem, no cogito. O homem tem domínio sobre a ciência – ele a administra, cria os métodos, mas também precisa se adequar a ela. A ciência se desenvolveu a partir do homem,