Fenomeno tiririca
O primeiro turno das eleições de 2010 já foi realizado. Haverá segundo turno para o cargo de presidente, porém existe um outro cargo já bem decidido pela população: Tiririca, o palhaço que teve sua carreira humorística iniciada em meados dos anos 90, foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo com o segundo maior número de votos já registrado no Brasil (mais de 1 milhão de votos, somente atrás de Enéas Carneiro, do PRONA). Logicamente o acontecimento gerou grande polemica, até mesmo antes de ser eleito, afinal quão séria é esta candidatura e até onde os partidos podem chegar para arrecadar um grande número de votos? O que deve ser analisado antes de qualquer outro aspecto é o que fez a população votar no candidato. Muitos dizem com orgulho que votaram em sinal de protesto, com o pensamento de que ninguém melhor para representar um povo “feito de palhaço” do que um “palhaço profissional”. Porém estes estão apenas aceitando e reafirmando essa condição que lhes foi imposta, nada que seja surpreendente vindo de um povo que não tem em sua história revoluções populares. Ou, como disse o cientista político da UnB, David Fleischer, "Muitas pessoas disseram que vão votar nele (Tiririca) porque um palhaço a mais ou a menos no Congresso não vai fazer diferença". Outros afirmam que deve haver uma renovação no quadro político do país, afinal os atuais representantes do povo estão, como sempre, decepcionando, porém esses ignoram o fato de que o deputado eleito não possue nem mesmo ideais políticos e não sabe quais são as propostas de seu partido (PR). Podemos perceber isso até mesmo na imprensa internacional, como no jornal argentino “Clarín” que usou a palavra político entre aspas ao referir-se ao, até então, candidato. Por último há aqueles que votam em Tiririca devido à sua honestidade ao declarar que pretende ajudar sua família ou que não sabe o que faz um deputado federal, e aqueles que simplesmente não pensam –ou não sabem-