feminismo
Fato semelhante a este se encontra nas democracias tradicionais. Comparativamente, as mulheres também são a maioria do eleitorado, porém sub-representadas em termos de presença feminina nas mais variadas instâncias de decisão formal. Também, nas democracias tradicionais se adota uma política de cotas, que tem surtido, até o presente, poucos resultados significativos. Além disso, as mulheres deputadas (estaduais e federais), vereadoras e senadoras, parecem se ocupar - da mesma forma como ocorre no OP em 2005 na cidade de Porto Alegre - das temáticas talvez menos caras à política, voltando-se para as iniciativas consideradas como “femininas”.
A principal questão a ser levantada é a persistência das desigualdades de gênero mesmo com avanços concretos que as mulheres conquistaram ao longo do século XX, nos mais diversos campos. No campo político, nem mesmo as democracias participativas parecem dar conta de solucionar esta questão e proporcionar a participação eqüitativa de setores da sociedade que historicamente se encontraram alijados do real processo de tomadas e decisões. A política, tal como a entendemos no mundo ocidental, permanece associada ao mundo masculino.
Diante disso, as experiências de democracia participativa precisam ainda avançar significativamente na questão de gênero, para não correr o risco de reproduzir a estrutura de divisão sexual dos poderes e das esferas de atuação de homens e mulheres que se encontram nos modelos