Felipe

Academia Cristã de Boa Viagem
3º ano
História
Profª Ana Carolina

Revolução Francesa

O Antigo Regime na França

O regime absolutista na França teve seu período de maior equilíbrio, autoridade e poder em meados do século XVII, com o rei Luís XIV da dinastia dos Bourbons. Durante esse período, o rei manteve associados os atributos da justiça, da vontade e da razão, tradicionalmente articulados pelo discurso absolutista. Todas as decisões provinham do monarca e eram consideradas reflexos de uma vontade guiada pela razão e tendo como fim último a justiça. O monarca, pode-se dizer, governa de forma absoluta, nomeando e demitindo ministros segundo sua vontade. Além da política, o monarca também decidia os rumos da economia e a vida cultural do país. Por essas razões, a França pode ser considerada o modelo de nação absolutista fundamentada na teoria do direito divino dos reis. No século XVIII, os sucessores de Luís XIV, Luís XV e Luís XVI não conseguiram manter o vigor e a capacidade do regime para conservar a sua estabilidade. Progressivamente, o Estado entrou em uma crise política e econômica, que colocou em evidência a perda de legitimidade do poder absoluto e o desgaste das estruturas sociais na França. Tradicionalmente, a organização social estava fundada na ideologia tripartite da sociedade, que remontava à Idade Média. Em fins do século XVIII, a sociedade francesa encontrava-se organizada por estamentos, de acordo com essa concepção de sociedade típica do período medieval. Seus cidadãos estavam divididos em três categorias jurídicas diversas e distintas, dispostas numa rígida ordem hierárquica, fundamentada no nascimento. O primeiro e o segundo estados, compostos respectivamente pelo clero e pela nobreza, representavam cerca de 5% da população. Possuíam o direito de participação política por meio dos corpos representativos (os parlamentos) e contavam com o privilégio de isenção fiscal e da determinação da lei em seus tribunais particulares. Além