felipe
Há algum tempo era comum ouvir a expressão “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Ela servia, e continua a servir, mesmo que com menor intensidade, como justificativa para que as desigualdades de gênero não sejam questionadas. O fato de atualmente a violência física e simbólica contra as mulheres ser vista pela sociedade como algo grave a ser combatido é resultado de ideias esculpidas por organizações feministas. Elas atualmente permeiam a sociedade brasileira e se difundiram pelas instituições sociais.
O movimento feminista brasileiro tornou-se, nos anos 1990, mais institucionalizado, o que significa que ele passou por dois tipos de transformação. Por um lado deixou de ser informal para se estrutura em organizações mais hierarquizadas e profissionais, em especial sob a forma de organizações não governamentais (ONGs). Por outro, entrou diretamente em espaços político-institucionais do Estado Brasil, ou seja, boa parte das militantes feministas das décadas anteriores passou a fazer parte de órgãos estatais, como as secretarias estaduais e municipais. Assim, a difusão e a institucionalização do feminismo estão bastante ligadas, pois muitas feministas passaram a atuar profissionalmente no interior das instituições e dos órgãos públicos.
Secretarias de assistência à mulher
A primeira secretaria criada para ajudar as mulheres foi a Secretaria Municipal da Mulher foi criada pela lei nº 7.302 de dezembro de 1997 em Londrina, no norte do Paraná, com o objetivo de contribuir para a construção de uma sociedade onde as condições de liberdade e de igualdade entre homens e mulheres sejam asseguradas.
Neste sentido, vem atuando em duas grandes áreas:
Atendimento social, jurídico e psicológico à mulher vítima de violência, discriminação e preconceito;
Promoção e defesa dos direitos humanos das mulheres e incorporação da perspectiva de gênero