Felicidade
O que é felicidade? Provavelmente, cada pessoa que resolver responder a esta pergunta apresentará uma resposta própria, pois a felicidade, num certo sentido, é algo individual, pessoal e intransferível. Por outro lado, há uma ideia de felicidade que pertence ao senso comum e é compartilhada pela esmagadora maioria das pessoas: felicidade é ter saúde, amor, dinheiro suficiente, etc. Além disso, a ideia de felicidade não é uma coisa recente. Com certeza, ela acompanha o ser humano há muito tempo e faz parte de sua história.
Sendo assim, é possível traçar a evolução histórica dessa ideia, se nos debruçarmos sobre a disciplina que sempre se dedicou a investigar nossas ideias, de modo a defini-las e esclarecê-las: a filosofia. Na verdade, a ideia de felicidade tem grande importância para a origem da filosofia. Ela faz parte das primeiras reflexões filosóficas sobre ética, que foram elaboradas na Grécia antiga. Vamos, então, acompanhar a evolução histórica dessa ideia fazendo uma viagem pela história da filosofia. Filosofia e felicidade: o que é ser feliz segundo os grandes filósofos do passado e do presente
Para Sócrates, sofrer uma injustiça era melhor que praticá-la e o homem feliz era essencialmente um justo. Por isso mesmo, ele recebe com tranquilidade a sentença do tribunal que o condenou à morte. No quadro, uma obra-prima de Jacques-Louis David, o filósofo recebe a taça com o veneno, enquanto consola seus discípulos. As reflexões de Sócrates sobre justiça e felicidade encontram-se especialmente no diálogo "Górgias", de Platão, seu mais célebre aluno. Reprodução
A referência filosófica mais antiga de que se dispõe sobre o tema é um fragmento de um texto de Tales de Mileto, que viveu entre as últimas décadas do século 7 a.C. e a primeira metade do século 6 a.C. Segundo ele, é feliz “quem tem corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada”. Vale atentar para a