Feira de são cristovão
Luis Gonzaga
Feira de São Cristovão
História
A primeira feira realizada no Campo de São Cristovão foi a de gado no século XIX.
Existem muitas histórias a respeito do surgimento da feira. Uma delas é a de que, quando os caminhões paus de arara não chegavam durante a semana, os que estavam à espera de alguém nos sábados e domingos começaram a levar sanfona, violão, viola, os farnéis, para se fazer comida e ali ficavam dançando e desafiando repentes na viola como se faz no Nordeste, até a chegada deles. E por já existir um acentuado fluxo de nordestinos nesse local, provavelmente passou a existir também a necessidade de se trazer os chamados produtos da terra. O Nordeste e o Rio de Janeiro estabeleceram desde então afinidades comerciais.
De acordo com o cordelista Raimundo de Santa Helena, a fundação da feira pode ser vista no aspecto cultural. Em 2 de Setembro de 1945 após o fim da 2ª Guerra Mundial, quando passava ao redor do campo, e viu uma grande aglomeração de pessoas em trajes como uniformes do exército brasileiro. Indo apurar o que se tratava, acabou subindo numa árvore e recitando um cordel em homenagem aos ex-pracinhas nordestinos que vieram da Itália, intitulado Fim da Guerra:
Hoje termina a guerra de irmão contra irmão voltei à minha terra vou plantar o meu feijão
hoje terminou a guerra vou plantar na minha terra voltarei ao meu sertão corpo e alma decepados
Pensamentos fuzilados com neurose de canhão desconhecidos soldados fazer guerra? Nunca irmão
Ainda segundo Santa helena, esses pracinhas eram em sua maioria nordestinos e nortistas. E por isso, permaneciam durante algum tempo a esperar uma vaga nos meios de transporte para regressarem aos lares. Eles aproveitavam para fazer contato com os seus conterrâneos ou com parentes que, por acaso, se encontravam para fazer contato por acaso se encontravam no Rio de Janeiro trabalhando nas obras. Então o Campo se tornou um palco de confraternização