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Africanos do Brasil[editar]

Uma das principais linhas de investigação do livro é a presença africana no Brasil no dizer do autor, dos “últimos africanos no Brasil” pois, apesar de, por muito tempo representarem algo próximo da maioria, nas estatísticas que apresenta relativas aos anos de 1798 (onde negros e pardos (escravos) representavam 59,96%) e 1818 (com negros representando 45,46). O Brasil, segundo ele, destinava-se à mestiçagem e fusão das raças, destino que ele parecia querer evitar com suas recomendações racistas. Segundo Netto 2 O livro “Os Africanos no Brasil” tenta a todo momento mostrar os perigos que representa a influência direta ou indireta do negro na nossa cultura; bem como a descrença no florescimento da Nação brasileira fundada na miscigenação, sugerindo o branqueamento, via imigração europeia, da população como fator de redenção nacional.
Schwarcz (o.c.) na resenha que fez do livro O animismo fetichista dos negros baianos destaca que neste livro três temas que lhe parecem fundamentais: a distinção entre africanos sudaneses e bantos, o sincretismo religioso e a constatação de que a crença encontra-se generalizada, chegando até a elite. No livro "Os africanos do Brasil" a distinção das procedências, raças e povos negros que colonizaram o Brasil é mais ainda acentuada.
Nina Rodrigues contesta com precisão, a crença que dominava os "cientistas pátrios", segundo ele, de que foram os bantos os povos negros que colonizaram o Brasil graças à predominância do tráfico proveniente da África Meridional e ilhas do Golfo da Guiné limitando-se às etnias: congo, cabindas, angolas (Costa ocidental) macuas e angicos (oriental). Reconhece porém a supremacia numérica dos que falam as línguas "tu" ou bantos, posição que revê posteriormente, ao tentar explicar, pela mesma razão numérica, a predominância da forma ritual organizada e mitologia dos jejes e iorubanos nas sobrevivências religiosas.
Segundo ele a distinção principal, a mais geral e conhecida entre

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