Febre do leite
A Febre do Leite (Paresia Puerperal) é uma doença metabólica de ocorrência comum em vacas leiteiras adultas no período pós-parto e se caracteriza por uma redução significativa nos níveis de cálcio no sangue, fraqueza muscular generalizada, colapso circulatório e depressão da consciência. Esta queda nos níveis de cálcio nos líquidos corporais ocorre em todas as vacas no momento do parto devido à formação do colostro e ao aparecimento da lactação, mas as vacas que desenvolvem a doença de forma clínica apresentam uma queda mais acentuada. A grande maioria dos casos de Febre do Leite ocorre dentro de 48 horas, mas o período crítico estende-se até o 10º dia após o parto.
Clinicamente, a doença possui três estágios: no primeiro deles, a vaca apresenta contrações musculares involuntárias e freqüentes (tetania), com tremores na cabeça e membros, pouca movimentação e ausência de ingestão de alimentos. Pode haver agitação da cabeça, protrusão da língua e ranger de dentes. Os membros posteriores ficam rígidos sendo comum o animal cair no chão. Antes de apresentar estes sintomas clínicos os animais geralmente passam por um estágio preliminar que pode durar várias horas, aonde se percebe: anorexia, e fezes escassas, mas sem alteração da temperatura corporal e da freqüência cardíaca e respiratória. No segundo estágio, a vaca fica deitada com o peito no chão (decúbito esternal) e geralmente com o pescoço voltado para o flanco. O animal fica deprimido e sonolento, o focinho seco e a pele e as extremidades ficam frias. As pupilas ficam dilatadas e os olhos secos e fixos. O reflexo pupilar à luz fica incompleto ou ausente. Há um aumento na freqüência cardíaca. O pulso fica fraco e ocorre a paralisia ruminal e constipação.
No terceiro e último estágio, a vaca fica em decúbito lateral, quase em coma e não consegue permanecer em decúbito esternal. A depressão da temperatura e os sintomas circulatórios são