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A crise colonial decorreu de dois aspectos: um de caráter interno e outro de caráter externo. O primeiro se deu em virtude da expansão dos mercados da colônia, resultado direto do aumento da população e do incremento da produção. Isso gerou conflito de interesses entre os colonos e a metrópole.
O segundo decorreu dos efeitos da revolução industrial na Europa, o que veio modificar completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudança de ordem econômica, políticas e sociais.
A coroa portuguesa, formalizou com os colonos um pacto, denominado, “pacto colonial”, que proibia totalmente o comércio de sua colônia (Brasil) com outros países, a ponto de criar impostos tão altos, que inviabilizavam o comércio fora do pacto. O monopólio comercial e produtivo formalizado pelo pacto, era uma barreira para o capital industrial, e para a produção em larga escala. O pacto colonial passou a ser, então, um empecilho a expansão dos negócios e aos ganhos dos colonos. Isso explica o interesse da Inglaterra pela independência das Américas hispânicas e portuguesas.
A crise na colônia teve dificuldades econômicas graves resultantes das quedas de exportação; a exceção foi o estado do Maranhão, que em virtude de incentivos de Marques de Pombal, criou uma companhia de comércio altamente capitalizada para explorar e ampliar a exportação do algodão, produto em alta no mercado internacional.
Com a vinda da corte portuguesa para o Brasil, rompeu-se o pacto colonial, e abriu-se os portos, onde puderam obter vantagens com o livre comércio.