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Dados Biográficos
“Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico.”
(Nelson Rodrigues)
Recifense, nascido em 23 de agosto de 1912, era filho do jornalista e deputado Mário Devido a problemas políticos, a família se muda para o Rio de Janeiro.
A primeira casa da família foi na Zona Norte carioca, com seus personagens especiais e marcantes que vão se fixando no imaginário do autor: as fofoqueiras do bairro, as viúvas, as famílias que lutavam para manter as aparências, entre outros, serão a fonte de inspiração do dramaturgo.
Seu pai funda seu próprio jornal, A Manhã, e, ali, Nelson inicia uma carreira jornalística como repórter policial com menos de 14 anos. A seguir, o pai funda o jornal Crítica. Por uma notícia sobre desquite, uma mulher ofendida mata o irmão de Nelson Rodrigues a tiros na frente deste. O pai morre menos de três meses depois. São algumas das tragédias da vida do autor: a cunhada viúva se suicidará mais tarde, um prédio onde morava um irmão desabará matando vários parentes, entre outras.
Com muitas dificuldades financeiras, o autor e irmãos vão trabalhar em outros jornais. O autor é diagnosticado como portador de tuberculose e é internado sete vezes para tratamento.
Casa-se às escondidas com sua primeira esposa, Elza, começa a ficar cego por causa da tuberculose e perde 30 % de visão em cada olho. Começa escrever peças para melhorar sua renda.
Em 1943, escreve sua segunda peça teatral: Vestido de Noiva, marco da dramaturgia moderna no Brasil, sucesso de crítica.
Para aumentar seus rendimentos, escreve, sob pseudônimo feminino (Susana Flag),