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Na época da insurreição bolchevique, uma Assembléia Constituinte conseguiu se eleger com uma maioria anti-soviética; um mês depois, teria sido impossível. Eu participei de três Convenções de camponeses de toda a Rússia em Petrogrado. Os delegados chegaram – a vasta maioria deles era Socialistas Revolucionários de direita. Começaram a sessão – e elas sempre eram muito tumultuadas – sob a presidência de conservadores do tipo de Avksentiev e Peshekhanov. Poucos dias depois, elas acabavam girando à esquerda e eram dominadas por pseudo-radicais como Tchernov. Mais alguns dias e a maioria já tinha ficado bem radical e Maria Spiridonova era eleita presidente. Depois, a minoria conservadora iria se separar e chamar a formação de uma convenção fantasma, que acabaria se desfazendo. E o órgão principal acabava mandando delegados para se unir aos Soviets no Smolny. Isso aconteceu em todas elas.
Eu nunca vou esquecer a Conferência de camponeses que aconteceu no final de novembro e como Tchernov lutou para controlá-la mas acabou perdendo. Nem me esquecerei daquela procissão de grisalhos proletários da terra marchando para o Smolny através das ruas cheias de neve, cantando, suas bandeiras vermelhas balançando ao vento. Era uma noite escura. Aos pés do Smolny, centenas de
Observadores mal informados, principalmente intelectuais de classe média, gostam de afirmar que estão a favor dos Soviets mas contra os bolcheviques. Isso é um absurdo. Os Soviets são o mais perfeito órgão de representação da classe trabalhadora, é verdade, mas também são as armas da ditadura proletária, contra a qual todos os partidos anti-bolcheviques se opõem