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2756 palavras 12 páginas
Primeiramente, Chauí conceitua e faz uma diferenciação entre senso e consciência moral. Quando sentimos piedade, arrependimento, admiração, etc., traduz-se o senso moral. Por outro lado, quando julgamos qual atitude tomar do ponto de vista entre o certo e o errado, traduz-se a consciência moral. Quando tomamos conhecimento acerca de pessoas que vivem na miséria ou sofrem injustiças, sentimos piedade, indignação e responsabilidade. Movidos pela solidariedade, participamos de campanhas, tentamos de alguma forma auxiliar. Tal fato exprime nosso senso moral. Da mesma forma, o senso moral manifesta-se em outras situações: a admiração por alguém honesto e altruísta e a indignação contra a violência, por exemplo, também são exemplos da manifestação do nosso senso moral. Para distinguir e conceituar a consciência moral, Chauí exemplifica através de situações dramáticas, partindo da indagação acerca da melhor e mais correta decisão a ser tomada. Nesse sentido, indaga: uma pessoa com uma doença terminal e dores intoleráveis, não seria melhor que descansasse em paz? Uma jovem que descobre estar grávida e que, ao mesmo tempo em que sonha dar a luz, teme por dar uma vida de miséria ao seu filho, poderia ou deveria abortar? Um pai de família desempregado que recebe uma oportunidade de emprego, mas que descobre que este trabalho o obriga a ser desonesto, deveria aceitar a oferta? Situações como essas, diz Chauí, surgem sempre em nossas vidas e as dúvidas quanto às decisões não manifestam apenas nosso senso moral, revelando também a nossa consciência moral. Tais situações exigem que tomemos partido e que justifiquemos para nós e para os demais as razões de nossas decisões, além de assumirmos todas as consequências, pois somos responsáveis pelas nossas ações e opções. Dessa maneira, percebemos que o senso e a consciência moral dizem respeito aos valores de justiça, integridade, solidariedade, generosidade,

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