Fayga Ostrower
Fayga Ostrower foi a precursora do abstracionismo na técnica da gravura, se destacando no Expressionismo Abstrato. Nasceu na Polônia em 1920 e mudou-se para Alemanha, depois para a Bélgica e, por fim, chega ao Brasil.
Em 1934 passam a morar em Nilópolis, região municipal do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense. Fayga desde muito jovem sai da escola para trabalhar. Muda-se para a capital do Rio de Janeiro, torna-se secretária e passa a ganhar muito bem, já que falava além do português, outras quatro línguas estrangeiras. Nessa época suas gravuras eram figurativas de linguagem expressionista e cubista. Em 1947 decide abandonar o trabalho para se dedicar integralmente ao curso de artes gráficas na Fundação Getúlio Vargas - FGV, onde estuda xilogravura. É a partir daí, que descobre que queria ser artista. Fez vários experimentos pintando e fazendo gravuras. Em 1951-52 seu trabalho passa do figurativo para o abstracionismo, sofrendo várias reprovações e críticas. Mesmo assim, ela sentia que estava indo pelo caminho certo, estava feliz com as imagens que estava criando. Como aponta o crítico Antônio Bento, por vezes, os elementos formais eram claros em suas gravuras, de caráter verdadeiramente arquitetônico, ordenados através das linhas, dos ritmos e das cores. Suas gravuras apresentam um jogo harmônico de planos coloridos verticais e horizontais estabelecendo um contraponto aos efeitos cromáticos.
Para Fayga toda criação era intuitiva, instintiva e espontânea. E era justamente essa intuição que ela usava para criar suas obras. Segundo ela, primeiro é preciso imaginar para depois intuir, se aquilo que se imaginou está certo ou errado; há uma distância muito grande entre a imaginação e o próprio fazer. Primeiro se avalia o fazer, para depois realizar um fato físico. Em suas gravuras apresentava cores impactantes e rigor expressivo.
Realizou várias exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 1957, ganhou o Grande Prêmio de