Favelização e riscos sociais
Base: Apresentação do conteúdo “A exclusão social no espaço da cidade” realizada nos dias 8, 17, 29 e 31 de março de 2012
A favelização, suas implicações sociais e a globalização
A favelização é um processo vinculado à segregação sócio-espacial de indivíduos, proporcionando forma específica de entendimento do espaço urbano, através de uma ótica dualista: periferia e metrópole. O que geralmente é feito é a atribuição de juízos de valor a cada uma dessas regiões, visto que, generalizações são comuns em um senso comum, conceituando a região relegada/periferia como aquela ruim e a zona preponderante como a boa. Um aspecto importante a ser notado é o precedente utilizado para essa conceituação: O atendimento e investimento do setor público, ou seja, a definição não deve ser estabelecida através das pessoas em si, atribuindo julgamentos pejorativos àqueles submetidos a uma realidade que não foi criada por ele, mas deixada para ele (é a partir desse aspecto que um paralelo pode ser estabelecido com a ancestralidade histórica, determinadas pessoas vivem em situações precárias devido a um estabelecimento de um círculo vicioso para com seus avós, pais, filhos e netos), muitas pessoas não conseguem assimilar a ideia de uma vida diferente daquela baseada em exploração, discriminação e pobreza, pois foi dessa forma que parcela da sociedade – a parte detentora de privilégios - os conceituou e é assim que deve ser, constituindo um estigma social. A existência de uma humanidade conformista é consentânea para a permanência de processos de desigualdade estabelecidos através de projetos de busca por crescimento econômico, exemplos disso são: a relação entre a iniciativa privada e o Estado e empresas responsáveis pelo capital imobiliário em busca de “compradores de cidade”, tornando difícil o estabelecimento de determinados segmentos sociais em espaços geográficos da cidade de importância no âmbito econômico e cultural, proporcionando