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1. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, ou pouco tempo depois, planejamento era uma palavra que se evocava moderadamente nos Estados Unidos. Implicava sensata preocupação pelo que poderia acontecer no futuro e uma disposição de, por meio de uma medida previdente, frustrar uma disfunção ou infortúnios evitáveis. Do mesmo modo que se atribuía mérito às pessoas pela competência em seu planejamento, também às comunidades era atribuído mérito pelo planejamento eficiente no tocante a seu ambiente. Pensava-se que era bom viver numa cidade bem planejada. O Governo dos Estados Unidos, antes da guerra, tinha uma Junta de Planejamento de Recursos Nacionais. Durante a guerra, o planejamento do pós-guerra adquiriu a condição de modesta indústria tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido; achava-se que nada mais animaria tanto os que estavam combatendo como a noção de que no futuro teriam utilidade como cidadãos.
2. Com a Guerra Fria, porém, a palavra planejamento adquiriu uma grave conotação ideológica. Os países comunistas não só socializaram a propriedade, o que não parecia ser forte possibilidade nos estados Unidos, como planejaram, o que parecia mais perigoso ainda. Como a liberdade naqueles países se achava circunscrita, seguia-se, pois, que o planejamento era algo que a sociedade libertária deveria evitar. O liberalismo moderno acentua mais cuidadosamente o tato que a clareza de linguagem. Por conseguinte, evitou o termo, que os conservadores transformaram em opróbrio. Chamar uma autoridade do Governo de planejador econômico era menos grave do que acusá-lo de comunista ou inclinação sexual imaginosa, mas mesmo assim provocava reflexos adversos. Aceitava-se e apreciava-se o que quer que resultasse das operações livres do mercado. Não somente o