fatos historicos de araraquara
No período colonial, os “Campos de Araraquara” abrangiam uma vasta região, ainda inexplorada pelos colonizadores brancos, estendendo-se desde o rio Piracicaba até os confins do sertão, na divisa com a capitania de Mato Grosso. Delimitada também pelos cursos do Tietê e Mogi, desde o início do século XVII a região já era alvo da ação bandeirante na busca de índios e da cata ao ouro, recebendo os primeiros registros históricos a partir de 1724, quando as autoridades da capitania de São Paulo tentavam encontrar um caminho terrestre alternativo para chegar às minas de Cuiabá. Partindo de Itu, as entradas percorriam os “Campos de Araraquara”, margeavam o Tietê, alcançando finalmente o Rio Grande e daí as regiões mineradoras. O povoamento e a cata de ouro nos rios da região
A vastidão do território e a ausência da autoridade colonial possibilitaram que a partir da segunda metade do século XVIII, os “Campos de Araraquara” recebessem os primeiros povoadores não indígenas, representados por escravos fugidos, perseguidos pela justiça e garimpeiros, atraídos pela existência de ouro nos rios Jacaré-Pipira, Jacaré-Guaçu, Chibarro, ribeirão da Cruzes e do Ouro. A atividade mineradora nos “Campos de Araraquara” mereceu registro testemunhal de José Bonifácio de Andrada e Silva. Um mineiro de Barbacena funda Araraquara
A ocupação efetiva, no entanto, tem como marco histórico o ano de 1790, quando Pedro José Neto, mineiro de Barbacena, se fixou na região proveniente da Vila de Itu, onde fora acusado de delito. O povoamento se intensifica a partir de 1810, com a chegada de moradores originários de Minas Gerais, Itu, Piracicaba, Tietê, Porto Feliz, Jundiaí e Campinas. Dispondo de vastos espaços e pastagem abundante, a criação de gado bovino foi, por muito tempo, a principal atividade econômica da região. Havia também rebanhos de eqüinos, suínos, carneiros, cabras e uma rudimentar agricultura de susbsistência, baseada no