Fatores cognitivos e emocionais no sucesso académico
Factores emocionais e cognitivos no (in)sucesso académico em alunos do 9º ano
Auto-regulação Emocional, Raciocínio, Perfeccionismo e Rendimento Académico
Sara Cristina Fonseca Fernandes
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Psicologia na especialidade Psicologia Clínica e da Saúde (2º ciclo de estudos) Orientadora: Professora Doutora Ema Patrícia de Oliveira Covilhã, 18 de Novembro de 2010
Parte I. | Enquadramento Teórico
Auto-regulação Emocional
Definição: Processo que visa mudanças ao nível dos sentimentos, numa direcção desejada (Thompson, 1994 in Schutz & Davis, 2000; Phillips & Power, 2007); Envolve processos extrínsecos e intrínsecos responsáveis pela monitorização, avaliação e modificação das reacções emocionais, implicando persistência na manutenção de comportamentos ao longo do tempo (Thompson, 1991);
Recurso a estratégias conscientes ou inconscientes, controláveis ou automáticas (Beauregard, Lévesque & Bourgouin, 2001), para manter, aumentar ou diminuir um ou mais componentes de resposta emocional, incluindo os sentimentos, acções e manifestações fisiológicas que constituem as emoções (Mocaiber,
Oliveira, Pereira, Machado-Pinheiro, Ventura, Figueira & Volchan, 2008).
Porquê? O estudo sobre as emoções representa, ainda, um papel lacunar na área da Psicologia, especialmente no contexto académico (Almeida, 2001; Pekrun, Goetz, Titz & Perry, 2002); Sublinhe-se o reconhecimento crescente da comunidade científica quanto à importância do estudo das emoções vivenciadas pelos alunos (Cazorla, Utsumi, Santana, & Vita, 2008; Pekrun,
Frenzel, Goetz, & Perry, 2007) ;
Impacto que as vivências emocionais acarretam no processo de aprendizagem e sucesso académico, bem como na adaptação e desenvolvimento dos estudantes, em geral, ao longo das suas vidas (Zembylas
& Fendler, 2007)
Modelo de Schutz: auto-regulação emocional