fato social sobre arquitetura
3/04/14 07:00
Obras reduziram calçadas a menos da metade em trechos do BRT Transcarioca
Danielle Costa mostra trecho sem calçamento e perigoso em Vicente de Carvalho Foto: Extra / Pauty Araujo
Geraldo Ribeiro
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“Ser cadeirante por aqui é viver uma aventura constante". A definição é do ex-instrutor de autoescola André Luiz Império, de 38 anos, que ficou com os movimentos comprometidos após problemas neurológicos. Morador da Vila da Penha, ele se refere aos obstáculos como calçadas reduzidas e postes no meio do caminho, heranças que serão deixadas pelas obras do BRT Transcarioca no traçado do corredor expresso que liga a Barra ao Galeão e corta vários bairros da Zona Norte.
- As obras não estão visando o pedestre. Se fosse na Zona Sul, seria diferente - compara.
Poste no meio da calçada atrapalha passagem de pedestres e cadeirantes na Vila da Penha Foto: Extra / Pauty Araujo
As calçadas foram reduzidas a menos da metade em trechos como a Rua Ibiapina, perto do cruzamento com a Eça de Queiroz, em Olaria.
- Estou preocupada, pois meus filhos vêm andando da escola e quase não há por onde passar - reclamou a dona de casa Cátia Regina Vasconcelos, de 48 anos, alegando que a calçada da Rua Ibiapina, onde mora, “encolheu” mais de um metro após as obras, passando dos cerca de 2 metros de largura de antes para menos de 90 centímetros.
Em Vicente de Carvalho, perto do metrô nem calçada há. Pedestres são obrigados a escalar uma passagem ao lado de um supermercado com cerca de 1,5 metro de altura, onde em vez de calçamento há chão de areia e mato.
- O ônibus vai ter uma via só para ele, mas, e o pedestre, como fica? - indaga a estudante Danielle Costa da Silva, de 26 anos, que utilizou o WhatsApp do EXTRA (21 99809 9952) para demonstrar sua indignação.
No local está sendo construída passarela ligando o metrô ao BRT e ao outro lado da Estrada Vicente de Carvalho, no sentido Madureira. Mas quem sai do metrô e quer seguir