O fato social de Durkheim, é um fenômeno que tem como uma de suas características, a maneira de exercer sobre o indivíduo, uma coerção exterior. É algo dotado de vida própria, e que exerce uma autoridade sobre o indivíduo, uma persuasão a sentir, fazer e pensar de determinada maneira. Para Durkheim, a sociedade não é resultado da soma dos indivíduos que a compõem, mais que isso, ela é uma síntese de ações e sentimentos particulares fazendo nascer algo novo e exterior às antigas consciências e manifestações. Assim, o estado de consciência coletiva é diferente do estado de consciência individual, e os fenômenos que constituem a sociedade têm sua origem na coletividade. Os fatos sociais podem ser menos consolidados como no caso das correntes sociais e correntes de opinião e outros, têm uma forma já cristalizada na sociedade, constituem suas maneiras de ser, como dogmas religiosos e regras jurídicas. Apesar de seu caráter mais ou menos cristalizado, tanto as maneiras de ser, quanto as de agir são igualmente imperativas, coagem membros das sociedades a adotar determinadas condutas e formas de agir. O fato social, também é exterior ao indivíduo, existindo anteriormente e independentemente dele. Ou seja, a existência e o funcionamento do sistema adotado pelo indivíduo, são independentes do uso que se faz dele. Por serem mais estáveis do que as representações individuais, as representações coletivas são a base em que se originam os conceitos, que se pode observar nas palavras e ações de um grupo. O caráter externo desses modos de agir, de pensar ou de sentir, tem que ser internalizados por meio de um processo educativo. Por exemplo: crianças vão adquirindo os hábitos que lhes são ensinados e deixando de sentir-lhes a coação, aprendem comportamentos e modos de sentir dos membros dos grupos dos quais participam. Assim, a educação “cria no homem um ser novo”, insere-o em uma sociedade, leva-o a compartilhar com outros de uma certa escala de valores, sentimentos,