Fatah
O Fatah surgiu na década de 1950 não por acaso. Em função do holocausto judeu promovido por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial, aquele povo recebeu como indenização da ONU pelo sofrimento vivido uma porção de terra no Oriente para abriga-los. O mundo estava comovido com as atrocidades por eles vividas e, assim, fundou-se o Estado de Israel. No entanto, o território destinado aos judeus para construírem um país a seu modo e superar as perdas e o sofrimento do conflito internacional já era ocupado por outro grupo étnico e religioso. Os muçulmanos estão em maioria no Oriente Médio há séculos. Porém a solução dada para o holocausto foi colocar os judeus em um território islâmico. Não demorou muito, naturalmente, para que os conflitos começassem, afinal, Israel foi um Estado criado de modo artificial. Os judeus receberam ajuda internacional para se fixarem no novo território e, aos poucos, os conflitos foram expulsando muçulmanos da região.
Esse deslocamento forçado dos islâmicos é chamado de diáspora palestina. Foi nesse contexto que Yasser Arafat, Khalil al-Wazir e outros líderes palestinos fundaram o Fatah, um partido de centro-esquerda na política palestina.
Alguns anos depois da fundação do Fatah, em 1964, foi fundada a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), que é reconhecida como única representante legítima do povo palestino e reúne os movimentos e partidos que passaram a trabalhar pela causa daquele povo. Dentro dessa organização, o Fatah é a maior facção existente, pregando um Estado nacionalista e laico. Durante muito tempo, Yasser Arafat foi o líder do Fatah e presidente da OLP. Ele trabalhou intensamente para negociar a paz na região, ao mesmo