Testes em duas fases | A ideia consiste em elaborar um teste a que o aluno responde em dois momentos: num primeiro momento, na sala de aula e sem quaisquer indicações do professor; num segundo momento, dispondo de mais tempo e dos comentários que o professor formulou ao avaliar as respostas iniciais. Para tirar partido das potencialidades deste teste, o enunciado inclui questões de dois tipos: (1) perguntas de interpretação ou pedindo justificações e problemas de resolução relativamente breve; e (2) questões abertas e problemas requerendo alguma investigação e respostas mais desenvolvidas. A expectativa é que o aluno, na primeira fase, resolva as questões do tipo (1) e comece a trabalhar as do tipo (2) e que, na segunda fase, corrija ou melhore as respostas às primeiras (se for caso disso) e desenvolva as segundas. A avaliação que o professor faz daquilo que cada aluno produziu tem em conta as duas fases do processo, considerando quer as respostas iniciais quer o modo como o aluno as desenvolveu na segunda fase. (...) Os testes em duas fases permitem captar mais aspectos relevantes sobre a aprendizagem sem se perder o tipo de informação que é recolhido através das provas habituais. (...). O projecto MAT789 adoptou a ideia e usou-a de um modo sistemático ao longo de três anos. (...) a segunda fase era feita em casa e os alunos dispunham de bastante tempo para a desenvolver (uma semana). (...) não havia uma classificação antes que todo o processo estivesse concluído. Os alunos tinham duas horas para responder às várias questões, podiam consultar os seus cadernos e apontamentos (naturalmente, as perguntas tinham este facto em conta) e deviam apresentar respostas pormenorizadas e explicadas. Por outro lado, sempre que o estudo de um dado tema se tinha baseado fortemente no recurso a materiais (por exemplo, o computador ou manipuláveis), procurava-se que esses mesmos materiais estivessem disponíveis pelo menos para a realização de uma parte do teste. (...) Nalguns