fases surdez
Na fase da fundação, que ocorreu entre 1800 e 1930, verificou-se o primeiro grande desenvolvimento teórico sobre o tema (Cruz, 1999), sendo que quase exclusivamente a Medicina se interessou pela temática, estabelecendo uma relação entre determinadas lesões cerebrais e alterações de linguagem (Serra, Nunes e Santos, 2010).Os primeiros estudos de relevo para as DA foram orientados por Gall, que, em 1802,“assinalou a existência das relações entre as lesões cerebrais e as alterações da linguagem ao descrever vários casos clínicos de adultos com perdas específicas das funções mentais como resultado das lesões cerebrais” (Lopes, 2010:86).
A fase de transição (1930 a 1963), na qual psicólogos e educadores, apoiando-se na teoria da fase precedente, iniciaram o desenvolvimento de instrumentos e programas, visando o diagnóstico e a remissão de distúrbios manifestados pelas crianças, no “normal” processo de aprendizagem.
Na fase de transição (1930-1963), os variadíssimos conhecimentos teóricos aprofundados na fase anterior permitiram alcançar vários ganhos específicos. Diversos 22 psicólogos e educadores elaboraram teses e programas variados, tendo como objetivo o restabelecimento de várias habilidades, essencialmente linguísticas(Cruz, 1999). Passa-se, desta forma, de uma fase fundamentalmente teórica para uma fase onde se observa uma maior intervenção, tal como nosrefere Garcia (1998) citado por Lopes, (2010:88)“[...] entre 1930 e 1963 enfatizam-se os aspectos de intervenção, na tentativa de desenvolver aplicações terapêuticas dos postulados teóricos, passando o interesse dos adultos às crianças com transtornos de desenvolvimento, a quem se supunha, basicamente, os mesmos mecanismos causais