Fases do tratamento de caldo
1. ASPECTOS TECNOLÓGICOS DA PURIFICAÇÃO
A Tecnologia empregada na purificação do caldo de cana fundamenta-se na coagulação máxima dos seus colóides e na formação de um precipitado insolúvel que a adsorva e arraste todas as impurezas, responsáveis pela sua natureza turva. A composição do caldo de cana em processamento e o tipo de açúcar a produzir têm sido aceitos como os principais fatores que determinam o processo de purificação a utilizar. Dos inúmeros processos estudados e conhecidos, com vista à floculação dos colóides do caldo, apenas os baseados na mudança de reação do meio e de temperatura prevaleceram industrialmente. O caldo misto da cana que flui das Moendas encerra em solução diversas substâncias solúveis como sacarose, glucose, frutose, sais minerais, etc. ,e ,em suspensão,bagacilho, terra, cera, etc.Como se trata de matéria prima extrativa, o caldo de cana é de composição extremamente variável, podendo apresentar modificações em função de: a- Variedade , idade e sanidade da cana; b- Condições climáticas; c- Tratos culturais; d- Condição do solo; e- Tempo de espera para a industrialização após a despalha pelo fogo; f- Tempo de espera para a industrialização após o corte, etc. Em razão dessas prováveis modificações, o caldo de cana apresenta-se como um material que pode reagir diferentemente quando submetidos aos processos usuais de clarificação. Por esses processos, procura-se separar tanto quanto possível do caldo as impurezas em suspensão, e as dissolvidas, sem afetar a sacarose presente, tornando-o claro e cristalino. Os reflexos de uma purificação mal feita se fazem sentir nas fases posteriores da fabricação. Na fase de evaporação, por exemplo, a separação de parte das impurezas minerais e orgânicas do caldo, na forma de incrustação, concorre para a diminuição da capacidade evaporativa dos vasos de múltiplos efeitos, comprometendo-se, assim, a eficiência desses