Fases do Trabalho
Costumamos destacar positivamente os fatores gregos como cultura, política e economia, uma vez que a Grécia foi o berço da Democracia, das Olimpíadas e da Filosofia.
Mas, em contrapartida com os pontos acima citados, a Grécia utilizou para diversos fins a mão de obra escrava.
Na Grécia Antiga, várias eram as possibilidades de se tornar um escravo: fosse pelo não pagamento de dividas ou até mesmo sendo prisioneiro através de capturas de guerra.
O mais impactante costume se dava em Esparta, cidade voltada para as guerras, onde o número de escravos por captura era tamanho que havia uma lei permitindo que soldados em formação executassem escravos nas ruas. Tal ato lhes juntavam “o útil ao agradável”: o número de escravos era mais controlável e os futuros soldados “treinavam”.
Haviam também pessoas com altas dívidas que não tinham condições para liquidá-las e usavam sua mão de obra por determinado tempo até a quitação da mesma. Em Atena, tal forma de escravidão se deu até o século VI a.C..
A mão de obra era a base da economia na Grécia Antiga. Os trabalhos nos campos, nas minas, olarias e construção civil, por exemplo, eram rejeitados pelo cidadãos gregos. Logo todo e qualquer trabalho que não estivesse ligado às atividades intelectuais, artísticas e políticas eram executados por escravos. O grande filósofo Platão, demonstrou esta visão: “É próprio de um homem bem-nascido desprezar o trabalho.”.
Neste sentido, a noção de cidadania grega estava intimamente ligada com o trabalho, ou seja, só poderiam se considerar de fato cidadãos plenos e participantes dos assuntos da pólis pessoas que não precisassem trabalhar. Para se dedicarem à estas atividades, os cidadãos gregos precisavam de outros indivíduos para fazerem o trabalho braçal em seus lugares (escravos). O ideal de democracia foi criado pelos gregos , que a exerciam de forma plena, ao contrário da cidadania. Poucos eram os indivíduos gregos que tinham o “ócio” necessário para se tornarem cidadãos