Fases da organização
Marina M C Oliveira e Endre P Király
Os seres humanos passam por fases ao longo de suas vidas: infância, adolescência, maturidade, etc. Quando conhecemos estas fases e as crises características das mudanças de fases podemos aceitá-las e lidar com elas de forma mais consciente. Não nos assustamos com a queda de dentes, com o nascimento de pelos, com a revolta dos adolescentes, com as dúvidas existenciais, com as crises de meia idade, etc. O ser humano se desenvolve à medida que vence as crises e atravessa as diferentes fases de sua vida.
Da mesma maneira que os seres humanos, as organizações passam por mudanças. Dependendo da dimensão de tempo que usamos para observá-las, estas mudanças podem ou não ser perceptíveis. Mudanças perceptíveis podem ser quantitativas ou qualitativas. As mudanças quantitativas envolvem crescimento ou diminuição de estruturas, mas o nível de complexidade da organização se mantém o mesmo.
Há momentos na vida da organização em que o crescimento das estruturas existentes não mais é suficiente para responder aos estímulos e demandas dos meios externo e interno. Mesmo expandindo sua estrutura, a organização não consegue resolver seus problemas e entra em crise.
Nestes momentos, tornam-se necessárias mudanças qualitativas, que envolvem a formação de novas capacidades, novas estruturas, de novos órgãos, até a integração das partes num novo sistema mais complexo. Não é possível voltar ao que se era antes.
Assim, mudanças qualitativas são respostas a situações de crise.
Desta maneira, assim como os serem humanos, as organizações também passam por diferentes fases de desenvolvimento, fases estas que são demarcadas por crises. As crises podem ser superadas, levando a organização a outro estágio de desenvolvimento, ou não, o que pode levar a organização à morte ou ao seu fechamento.
No livro The Developing Organization, Bernard C G Lievegoed discorre a respeito de fases no desenvolvimento de