Fascismo brasileiro
No Brasil, visto suas características miscigenadas, o integralismo assumiu com mais ênfase o anticomunismo e não o racismo ou o anti-semitismo ( 65% dos militantes aderiram ao movimento por serem anticomunistas e somente 5% por sua posição anti-semita [H.Trindade, pag. 161]). Também marcou-o uma inclinação pela religiosidade que não encontramos nem no fascismo italiano e muito menos no neopaganismo nazista. Tanto é que o "Manifesto de Outubro" de 1932, redigido por Plínio Salgado, Chefe Nacional do Integralismo, inicia-se com a frase "Deus dirige os destinos dos povos".
Advogava o advento da "Quarta Humanidade" uma era que integrasse - daí o Integralismo - as etapas anteriores da história humana ( o sentimento de Cosmo da primeira, a iluminação pelo Verbo Divino da segunda, e o senhor dos elementos da terceira) para chegar ao Homem Integral gerado pela futura "Revolução Integral". O lema adotado foi o conservadoríssimo "Deus-Pátria-Família". Trindade diz que o personagem literário, o filósofo Mandaratuba, um pensador ultra-nacionalista e patriota, crente no corporativismo, fascinado pelos heróis e temerosos dos "bárbaros", criado por Plínio Salgado, é uma "caricatura autobiográfica" do próprio autor.
Organizavam-se em "legiões" e subdividiam-se em "bandeiras" e "terços" e cumprimentavam-se bradando "anauê", com o braço estendido a la romana. Chegaram a anunciar a militância de 500 mil de homens e mulheres. Tinham, devido a sua formação disciplinada e gosto pela hierarquia e pelo