farra na copa
As PPPs (Parcerias Público-Privadas) funcionam (ou deveriam funcionar…) assim: determinada empresa ou consórcio privado executa uma obra e, depois de pronta, ganha o direito à concessão e exploração. Esse tipo de vínculo contratual é comum em áreas de atuação direta da Administração Pública (como a saúde). É de estranhar que tenham optado por isso para construir estádios (bastaria uma empresa construir e, pronto, é dela).
Daí começa a farra. O BNDES empresta PARA OS ESTADOS, que repassam aos consórcios, que constroem os estádios sem colocar um tostão e, depois, ganham o direito de explorá-lo. Negócio infalível (para o setor privado que consegue a honra de ‘realizar’ uma obra assim).
Entenderam agora alegria de alguns políticos quando fomos escolhidos como sede da Copa do Mundo? Alegria sincera, de fato. Mas talvez nem gostem de futebol. Gostam de PPPs com dinheiro público.
Farra na copa
Dinheiro público sustenta parcerias em estádios da Copa – Apesar de presença do setor privado, verba dos governos supera 60% dos orçamentos das arenas em BA, CE e PE – Procuradoria afirma que modelo das PPPs foi desvirtuado porque a verba deveria sair das empresas interessadas – O dinheiro público está bancando mais de 60% das obras de estádios da Copa-2014 erguidos com as PPPs (parcerias público-privadas). O grupo do Ministério Público Federal que acompanha a preparação do evento diz que isso desvirtua o modelo, no qual o setor privado financia e executa determinada obra ou serviço em troca do direito de concessão. No caso mais grave, o setor público se comprometeu com 80% do orçamento da reconstrução do estádio da Fonte Nova, em Salvador (…) Mesmo tendo optado pela PPP, os governos de Bahia, Ceará e Pernambuco receberam um financiamento total de R$ 1 bilhão do BNDES para erguer arenas que vão custar, juntas, R$ 1,76 bilhão. O banco de fomento da União ainda analisa pedidos para as arenas de Minas Gerais e do Rio Grande do Norte. Bahia e Ceará contraíram empréstimos