Farmacêutico
Fauze Najib Mattar
1. INTRODUÇÃO
Apesar da importância que as grandes empresas têm para a economia brasileira e da destacada atenção que sempre mereceram dos órgãos governamentais, nota-se, atualmente, um forte interesse e tendência no sentido de conhecer, analisar e propor alternativas para o segmento empresarial formado pelas pequenas empresas.
Supostamente, duas das razões para isso são a importância econômico-social da pequena empresa e a crescente evidência dos problemas/dificuldades comuns a essas empresas, os quais são responsáveis pelo seu elevado índice de mortalidade.
A importância socioeconômica da pequena empresa tem sido mostrada através de diversos aspectos, como: mão-de-obra que absorve, quantidade de empresas que totalizam, participação no PIB nacional, participação na massa salarial, redução do fluxo migratório, democratização do capital, formação de mão-de-obra, diversificação das exportações, dentre outros (Batalha e Demori,1990:19-24).
Os problemas/dificuldades peculiares à pequena empresa, citados como responsáveis pela sua mortalidade, são vários, destacando-se os seguintes: inexperiência no ramo de negócio; desconhecimento dos instrumentos de administração; falta de recursos financeiros; dificuldades para obtenção de créditos e financiamentos; falta de resistência aos momentos de instabilidade econômica; concorrência; desentendimento entre sócios; e falta de disciplina, responsabilidade e organização (Chér,1990:21-33).
Entretanto, autores como Gracioso (1995:10 e 11) e Megido (1995:71 e 72) apontam ainda como causas da mortalidade das pequenas empresas problemas/dificuldades relacionadas à prática de marketing/vendas e os aspectos de mercado. São exemplos: o desconhecimento das normas básicas de marketing, a falta de orientação para o mercado, o mercado competitivo, a ausência de níveis competitivos de qualidade, a falta de acesso à informação, as novas leis, os choques econômicos e as