Farmacologia
Renato Guizzo
1. MEMBRANA CELULAR
A membrana celular é uma estrutura que estabelece a fronteira entre o meio extracelular e o meio intracelular. Sua composição química lipoproteica (camada dupla de lipídios e proteínas transmembranas) confere a membrana celular sua seletividade e manutenção de substâncias que entram e saem na célula (Figura 1). As proteínas, inseridas na camada de lipídios, podem formar canais permeáveis a íons, receptores ou transportadores. A maioria das membranas celulares é permeável à água, sendo que o volume e o fluxo de água podem trazer consigo moléculas e substâncias.
Figura 1. Desenho esquemático da membrana celular mostrando a camada dupla de lipídios separando o meio extracelular do meio intracelular e as proteínas transmembranas. No desenho à direita proteínas estão formando canais.
2. CANAIS IÔNICOS E A BOMBA SÓDIO–POTÁSSIO
Canais iônicos regulam o potencial de membrana através da bomba sódiopotássio, sendo que no potencial de repouso, o sódio é bombeado para o meio extracelular e o potássio é bombeado para o meio intracelular (Figura 2).
Figura 2. Desenho esquemático ilustrando o potencial de repouso regulado pela bomba sódio e potássio (à direita).
2
SINAPSES, PROPRIEDADES BIOELÉTRICAS DA MEMBRANA E NEUROTRANSMISSORES
Renato Guizzo
O potencial de repouso tem um valor negativo de aproximadamente -70 mV, o que por convenção significa que existe excesso de carga negativa no lado intracelular da membrana, comparado com o extracelular. Isso se deve pelo gradiente eletroquímico estabelecido pelo potencial de equilíbrio do potássio que é negativo e pelo potencial de equilíbrio do sódio que é positivo. Um potencial de ação altera o potencial de repouso através de qualquer perturbação de ordem física (temperatura ou pressão), química (neurotransmissor) ou pelo desequilíbrio das cargas.
3. RECEPTORES E TRANSMISSÃO SINÁPTICA