Farmacologia
CID 10 -F63.2
A cleptomania, também denominada furto compulsivo, pode ser um transtorno bastante comum que resulta em angústia e consequências legais significativas. Ainda que não tenha sido feito nenhum estudo epidemiológico de âmbito nacional sobre a cleptomania, os estudos em várias amostras clínicas sugerem que a cleptomania não é rara. A cleptomania pode se iniciar na infância pela falta de um mecanismo de controle, inicialmente de origem externa, vindo dos pais ou educadores - uma vez que a criança, muito cedo, sabe pelos pais e pela sociedade que o ato de furtar é abominável, por isso construir o processo de internalização na criança, torna-se necessário através do diálogo e conversas, sem julgar ou culpar, podendo também ter desejo do indivíduo a se opor as regras de ordem dos pais ou desejo de punição pelos pais - como uma forma de atrair a atenção. Mas pode também apresentar alterações neurobiológicas.
FISIOPATOLOGIA
Ainda que os indivíduos com cleptomania relatem uma incapacidade de resistir aos seus impulsos para furtar, a etiologia desse comportamento incontrolável não é clara. Tem sido levantada a hipótese de que a disfunção serotoninérgica no córtex pré-frontal ventromedial seja subjacente à capacidade ruim de tomar decisões observada entre indivíduos com cleptomania. Um estudo examinou o transportador de serotonina de plaquetas em 20 pacientes com cleptomania. O número de transportadores 5-HT de plaquetas, avaliado por meio da vinculação da 3H-paroxetina, foi menor em sujeitos cleptomaníacos comparados a controles saudáveis, o que sugere alguma disfunção serotoninérgica não específica. Os relatos de caso e os estudos de neuroimagem fornecem pistas adicionais quanto a possível etiologia da cleptomania. Tem sido relatado que danos aos circuitos cerebrais orbito frontais subcorticais resultam em cleptomania. As técnicas de neuroimagem têm demonstrado menor integridade micro estrutural da substância