farmacologia
O aumento do pH reduz, para a maioria dos sais de cálcio, tanto a absorção quanto o transporte deste material. A acidez gástrica é um fator importante para a dissociação/solubilidade (biodisponibilidade) dos compostos de cálcio, principalmente para o carbonato de cálcio e o fosfato de cálcio. Pacientes com gastrite atrófica, câncer gástrico, acloridria ou com cirurgias bariátricas podem apresentar menor taxa de absorção do cálcio. Nesses pacientes, o sal mais apropriado é o citrato ou lactato de cálcio.
O cálcio é absorvido no intestino e sua absorção é dependente de fatores dietéticos, pH e presença de vitamina D. Quando o organismo apresenta deficiência de cálcio, a absorção é aumentada.A excreção ocorre principalmente nas fezes e em menor grau na urina
O cálcio é solúvel em meio ácido, sendo que em pH alcalino precipita. Este mineral, para manter-se em suspensão no conteúdo intestinal, está preso a ligandinas (grupo carboxil ou grupos amino de proteínas e grupos quelados em cofatores ou enzimas). As ligandinas, que têm duas cargas, ligam-se ao cálcio. A secreção normal gástrica (pH 1 a 2) é suficiente para liberar o mineral da ligandina em troca do
H+
. Assim, o cálcio está pronto para ser absorvido, servindo a ligandina para impedir sua precipitação(8). Em meio alcalino aumenta a ligação cálcio-fosfato, formando fosfato de cálcio, que é insolúvel e eliminado pelas fezes. No delgado, à medida que o pH aumenta em direção ao íleo, eleva-se a concentração do fosfato intestinal, havendo precipitação do cálcio e deficiência da absorção. Dessa maneira, sua maior absorção é ao nível de duodeno e jejuno proximal(12)